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Os cogumelos alucinógenos eram usados no México, Guatemala e Amazonas em rituais religiosos e por curandeiros. Os Maias utilizavam um fungo ao qual chamavam, na língua nahuátl, teonanácatl (a "carne de deus") há já 3500 anos. No seu território foram encontradas figuras de pedra com representações de cogumelos datadas de 1000 a.C. e 500 d.C. Em Oaxaca eram também chamados de nti-si-tho, sendo que nti é um diminuitivo de respeito e carinho e si-tho significa "o que brota".
As primeiras referências ao seu consumo foram encontradas em livros (1502), nos quais era mencionado o uso de cogumelos em rituais nas festas de coroação de Moctezuma, o último imperador Azteca. Os conquistadores espanhóis, não preparados para os efeitos da droga, assustaram-se e proibiram o uso de fungos alucinogéneos e a religião nativa. Foram também encontrados registos do médico do rei espanhol a relatar a ingestão de cogumelos pelos indígenas, por forma a induzir visões de todo o tipo, sendo estes muito apreciados em festas e banquetes. Após a conquista, o consumo de cogumelos com fins rituais e terapêuticos sobreviveu apenas na Serra de Oaxaca.
Provavelmente, o cogumelo alucinogéneo mais popular é o Amanita muscaria, descrito por Lewis Carroll no livro Alice no Pais das Maravilhas. Este cogumelo é usado há mais de 6000 anos, sendo, por vezes, confundido com variedades muito semelhantes mas letais. Os povos primitivos da Sibéria tinham o hábito de armazenar a urina de consumidores de Amanita, usando-a como droga alucinogénea. Isto verificava-se porque as substâncias alucinogéneas deste cogumelo permanecem intactas após a sua passagem pelo organismo.
Durante os anos 70, os cogumelos aparecem também na Europa, sendo inicialmente utilizados em sopa instantânea. Os genuínos cogumelos psilocibina secos só surgiram mais tarde.
O químico suiço Albert Hofmann que descobriu o LSD, foi também o primeiro a extrair psilocibina e psilocina dos cogumelos mágicos. A psilocibina, que é convertida em psilocina pelo organismo humano, é a responsável pelos efeitos alucinógenos da planta. |
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